Andam por cá desde o período Jurássico e estima-se que sejam biliões espalhadas por todo o mundo. Nas plantações de eucaliptos, comuns em Portugal, a sua função é complexa e multifacetada, influenciando diversos aspetos da biodiversidade e da saúde florestal. Descubra mais sobre este pequeno inseto que parece insignificante, mas que desempenha um papel crucial no equilíbrio dos ecossistemas.
Altamente sociais e evoluídas, as formigas não deixam nada ao acaso. Toda a sua vida e sobrevivência baseia-se numa estrutura muito bem organizada que, quando estudada de perto, parece surpreendentemente humana.
Existem inúmeras semelhanças: movem-se como um exército, constroem cidades, coordenam comportamentos, dividem tarefas e cooperam entre grupos. Fazem guerras e simulam rebeliões, escravizam outras espécies e destroem e consomem recursos indiscriminadamente, infelizmente, de forma semelhante aos humanos. Além disso, cultivam fungos, produzem “vacinas” e cuidam dos filhos e dos doentes, num mundo estranhamente parecido com o nosso.
Esta fascinante, mas desconhecida, sociedade foi amplamente estudada e documentada pela bióloga e mirmecóloga (especialista em formigas), Susanne Foitzik em diversos estudos que foram compilados no livro “Empire of Ants: The Hidden World and Extraordinary Lives of Earth’s Tiny Conquerors”.
Mas as suas proezas não se limitam às sociedades internas. As formigas são um componente fundamental da biodiversidade, contribuindo para o funcionamento e equilíbrio dos ecossistemas. Revolvem e arejam os solos, permitindo que a água e o oxigénio cheguem às raízes das plantas e árvores. Fazem compostagem e transportam sementes. São uma parte vital deste intrincado e sensível sistema natural.