Realizada em Cali, Colômbia, de 21 de outubro e 2 de novembro, a COP16 reuniu líderes de 196 países para debater a implementação das metas de conservação da biodiversidade estabelecidas no Quadro Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal, aprovado em 2022. Sob o lema “Paz com a Natureza”, o evento terminou sem decisões cruciais, mas com alguns acordos relevantes.
A COP16 destacou-se na luta global pela preservação da biodiversidade, reforçando o Quadro Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal, aprovado em 2022, que visa proteger 30% dos ecossistemas terrestres e marinhos até 2030. No entanto, a ausência de consenso sobre o financiamento necessário para alcançar essas metas evidenciou a complexidade dos desafios existentes.
A divisão entre os países em desenvolvimento, que requerem apoio para a implementação das metas, e as nações mais ricas, que hesitam em comprometer-se com contribuições significativas, foi notória.
Outro tema importante abordado em Cali foi a relação entre a biodiversidade e as crises climáticas. Reconhece-se cada vez mais que estas questões estão interligadas e que a proteção da natureza é essencial para mitigar os impactos das alterações climáticas. Contudo, apesar deste reconhecimento, não se chegou a compromissos concretos para assegurar uma resposta política mais integrada.
A conferência destacou ainda que, dos 196 países participantes, apenas 44 atualizaram os seus planos nacionais de biodiversidade em conformidade com o Quadro Global de Kunming-Montreal. Este dado sublinha as dificuldades em implementar acordos a nível global, expondo falhas na coordenação e no compromisso político necessário para transformar promessas em ações concretas.