A conjuntura ambiental atual resulta numa urgência, cada vez mais clara, de incorporar a sustentabilidade, de uma forma transversal, nos currículos escolares. Revela-se essencial formar as futuras gerações para novas práticas ecológicas, para desmistificar velhos mitos ambientais e formar para a sustentabilidade.
A escola prima pelo seu papel normativo de aquisição de conhecimento e, idealmente, pela construção de pensamento crítico sobre o conhecimento que se adquire. A consciência, o conhecimento e a reflexão são consequências de uma educação idílica que deve ser proporcionada aos nossos estudantes, visando uma boa preparação e capacitação para o seu futuro.
Ora, atualmente, uma boa preparação e capacitação para o futuro, não pode fugir à sustentabilidade. Perante um paradigma em que as consequências de hábitos pouco ecológicos praticados, pela sociedade, são cada vez mais visíveis, originando repercussões nefastas, a educação para a ecologia e para a sustentabilidade assume uma maior importância. A preservação eficaz do meio ambiente está dependente de uma educação para a consciência ecológica, educação essa que deve estar inserida nos currículos escolares.
Urge uma reorganização de currículos, almejando a incorporação de princípios ecológicos na conceção de conteúdos e de manuais escolares. O ensino destes princípios, incumbência dos professores, deve ser feito de forma impactante para o aluno, só assim terá o resultado desejado para o planeta.
O desafio, não obstante grande, é só um: mudar a rota. Cabe, não só, mas muito, às escolas, a missão de capacitar as futuras gerações para esta mudança.
Cabe, não só, mas muito, às escolas, a missão de educar para a ecologia, a missão de fazer pensar globalmente e de forma coletiva, a missão de informar objetiva e complexamente sobre a sustentabilidade, visando a implementação de um estilo de vida ecológico e a diminuição dos efeitos de décadas, se não de séculos, de más práticas ambientais.
Tudo isto, enquanto, se transmite a curiosidade e o carinho pela Natureza. Porque a educação é peça-chave na construção de uma nova visão da Natureza.
Educação, uma abordagem baseada no conhecimento: o Fórum do Eucalipto
Educar para a sustentabilidade foi o tema central de uma mesa-redonda no Fórum do Eucalipto, evento organizado pela The Navigator Company, no passado mês de maio.
Com participação de Maria João Silva (Escola Superior de Educação), Pedro Sobral (APEL), Rosalia Vargas (Centro de Ciência Viva), Sílvia Castro (Ministério da Educação) e moderação de Liliana Carvalho (SIC Notícias), esta mesa-redonda debruçou-se sobre a importância do ensino na construção de uma nova visão sobre a floresta, numa altura em que a escola nunca teve de lidar com conteúdos de tamanha complexidade. A resposta parece consensual, desenvolver o pensamento crítico dos alunos e dotá-los de valores de conhecimento científico.
Maria João Silva aproveitou a oportunidade para realçar a investigação como base de formação dos docentes, não descurando os seus valores de procura permanente de conhecimento e o desenvolvimento de uma capacidade muito grande de interdisciplinaridade.
Não deixando de abordar a complexidade dos atuais temas discutidos na escola, refletiu sobre a concomitante crescente onda de desinformação, algo que evidencia a necessidade de um investimento no desenvolvimento crítico, na autonomia e acesso à informação por parte dos alunos.
Já Sílvia Castro, realçou uma intervenção de toda a sociedade nos currículos, “algo natural”, não deixando de abordar o “processo de recontextualização” do qual são alvo devido à implementação em aula por parte do professor que os adapta de acordo com os seus alunos, as suas crenças e a sua formação.
“A complementaridade entre os recursos manuais e os digitais é o mais benéfico”, anuiu Pedro Sobral que aproveitou para esclarecer que o digital não resolve, obrigatoriamente, a questão da sustentabilidade, devido à sua pegada pesada. O mesmo defende que “a escola deve estar virada para o aluno”, dando primazia à otimização pedagógica do aluno.
Rosalia Vargas, do Centro de Ciência Viva, acredita numa faceta divertida da aprendizagem. O Centro de Ciência Viva rege-se por essa crença e pela vontade de conjugar a diversão e a atualidade, mantendo em contacto o produtor de conhecimento e as novas gerações.
Projetos Navigator para educar
Cientes da importância do importante contributo da educação para o tema da sustentabilidade, também a The Navigator Company participa ativamente nesta tarefa através de vários projetos específicos, como o My Planet, o Dá a Mão à Floresta ou o Floresta do Saber:
My Planet
Projeto composto por site, redes sociais e revista física distribuída gratuitamente, este projeto visa motivar as pessoas através das histórias e das ações por um futuro mais sustentável, criando valor para a sociedade.
Dá a Mão à Floresta
Dá a Mão à Floresta é um projeto de Responsabilidade Social e Ambiental da The Navigator Company, composto por uma revista física gratuita, site e redes sociais. Lançado pela primeira vez no Ano Internacional da Floresta, que se celebrou em 2011, este projeto tem vindo a crescer de ano para ano, contribuindo para a educação ambiental de cada vez mais crianças e colocando-as em contacto com o maravilhoso mundo da floresta.
Floresta do Saber
A Floresta do Saber é um projeto do RAIZ – Instituto de Investigação da Floresta e Papel e da The Navigator Company, centrado na educação e comunicação da bioeconomia de base florestal para a comunidade escolar. Este projeto foi aprovado a financiamento pelo programa Desenvolvimento Sustentável da Fundação Calouste Gulbenkian em setembro de 2020 e foi reconhecido pela UNESCO, pela defesa dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, o que contribuiu para a integração do RAIZ na Rede de Clubes UNESCO.