Outro exemplar é a Araucaria bidwillii Hook, conhecida por ser a árvore das pinhas gigantes (podem chegar aos 10 quilogramas) que contêm no seu interior mais de 100 enormes pinhões. A maior do país, e uma das maiores do mundo, pode ser encontrada na Mata Nacional de Vale de Canas, erguendo-se por mais de 50 metros de altura, além de noutros parques e matas do país.
Seja qual for a particularidade destas árvores, existe algo muito importante a reter que é o impacto da sua existência.
Além de preservarem grande parte da biodiversidade do planeta, as florestas são ecossistemas cruciais para a regulação das alterações climáticas. Mais do que uma matéria-prima natural, renovável e biodegradável, a madeira é também um depósito privilegiado de CO2, que as árvores retiram da atmosfera. Por sua vez, é armazenado na madeira e nos produtos originários da mesma, ao longo de toda a sua vida útil. Veja-se o papel, em que cada tonelada retém o equivalente a 1,3 toneladas de CO2 – o gás com maior impacto no aquecimento global, representando 65% das emissões que provocam o efeito de estufa.
Neste sentido, as florestas revelam-se uma solução natural para mitigar os efeitos das alterações climáticas. E qual o contributo das árvores monumentais? Segundo um artigo publicado na revista Nature, descobriu-se que a absorção de carbono das árvores aumenta de acordo com o seu tamanho dado que a área total da folha aumenta à medida que ela cresce. Isto significa que as árvores mais antigas e de maiores dimensões absorvem mais carbono da atmosfera.
Além da capacidade de sequestro de carbono, as árvores entram no “ciclo da água” ao captarem água através das suas raízes e, através da transpiração, devolverem-na à atmosfera em forma de vapor.
Por fim, a grande maioria das árvores de grande porte apresenta uma idade avançada como já foi referido e, por isso, acumularam cavidades no tronco e raízes superficiais, assim como ramos mortos, que são consideradas importantes microhabitats de organismos vivos.