Mais de centena e meia de espécies, desde pequenas aromáticas a árvores de grande porte, partilham um berço comum: os Viveiros Aliança. Pela sua diversidade, dimensão e inovação, estes viveiros são a origem das plantas que vemos em muitos dos nossos jardins, parques verdes e florestas, em Portugal e além-fronteiras.
Desde a amendoeira, alecrim e azevinho à urze e westringea, há nos Viveiros Aliança plantas, arbustos e árvores para todos os gostos e requisitos. Ao todo são cerca de 160 espécies, 30 das quais mais comuns nas nossas florestas e agroflorestas e 130 mais frequentes em grandes ou pequenos parques, jardins e pátios.
Aromáticas, medicinais, fruteiras, florestais ou simplesmente ornamentais, todas elas são semeadas e desenvolvidas numa das três propriedades – em Penamacor, Tramagal e Pegões – que contribuem para fazer dos Viveiros Aliança um dos maiores e mais importantes produtores de plantas a nível europeu.
Destes viveiros saem anualmente 12 milhões de plantas, seis das quais são clones de Eucalyptus globulus, e cuja plantação e primeiros tempos de vida são uma prioridade. Quem o diz é Carmen Correia, responsável pelas espécies ornamentais e uma apaixonada por estas plantas.
“Todos os dias são importantes no viveiro”, explica Carmen, porque há sempre tarefas que precisam de ser asseguradas, desde a preparação da terra à disponibilidade dos substratos, e porque cada espécie tem as suas especificidades e exigências.
Por exemplo, há épocas específicas e diferentes métodos para as propagar (por sementes ou propágulos, partes provenientes de uma planta-mãe); há espécies com diferentes necessidades de frio, humidade e exposição solar; e até numa mesma espécie há plantas que se desenvolvem mais do que outras, sendo necessários cuidados diferenciados e até diferentes períodos de permanência nas “casas de sombra”, nas estufas ou em vaso.
O facto de os Viveiros Aliança terem terras em regiões com características distintas de relevo, solo e clima ajuda a dar a cada espécie os cuidados personalizados de que precisam. Por exemplo, no caso da alfazema, a sementeira e os primeiros rebentos estão em Pegões, mas depois são transferidos para Penamacor, uma viagem necessária para obterem um maior nível de humidade, fator essencial para crescerem e ganharem dimensão. Deslocação semelhante é feita para o medronheiro.