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Eucalipto-comum

Espécie de eucalipto mais frequente em Portugal, o eucalipto-comum (Eucalyptus globulus) começou a ser plantado no país em meados do século XIX, como espécie ornamental e fonte de madeira. A árvore atrai aves, mas também abelhas e outros insetos, que procuram o abundante néctar das suas flores.

Com um característico tronco longo e liso (em tons brancos e acastanhados) e um aroma que lembra menta, o eucalipto-comum não passa despercebido. Esta é uma árvore de folha perene, que pode elevar-se a mais de 70 metros e que não sobrevive a temperaturas muito baixas.

Conhecida como uma árvore de crescimento rápido, deve esta característica a uma combinação de fatores, entre os quais se destacam a abundância de raízes finas que captam bem a água da chuva; a disponibilidade de nutrientes que resultam da decomposição de folhas e casca; as folhas perenes, com poros (estomas) em ambas as faces, que permitem manter a fotossíntese em níveis elevados todo o ano; e a associação com fungos existentes no solo (micorrizas).

As folhas, em forma de foice e com cerca de 20 centímetros de comprimento, distinguem-se por serem estreitas e pela sua disposição pendular (quase vertical), que tem vantagens claras: permite menor resistência ao vento, encaminha a humidade da condensação atmosférica para o pé da planta e reduz o stresse da árvore em caso de excesso de luz solar.

Quanto às flores, que surgem entre setembro e outubro, elas perduram até ao final da primavera. Grandes e de cor esbranquiçada ou amarelada, produzem néctar em abundância – aproveitado pelas abelhas e muitos outros insetos para a produção de mel. Os frutos são pequenas cápsulas lenhosas, num formato aproximadamente tetragonal, que podem conter entre seis e 30 sementes.

Naturalizada na Península Ibérica, onde foi introduzida na segunda metade do século XIX, representa cerca de um quarto da área florestal nacional. Em seu redor, outras espécies podem ser encontradas, além de abelhas e outros insetos. É disso exemplo a águia-de-Bonelli (espécie de ave de rapina com estatuto “Em perigo”), que pode procurar árvores antigas de eucalipto para a construção dos seus ninhos.

Eucalyptus globulus

Sabia que…

  • O óleo essencial das folhas do eucalipto-comum tem propriedades balsâmicas, antissépticas e anti-inflamatórias, entre outras.
  • O nome globulus (globo) é uma alusão à forma dos frutos e a primeira descrição da espécie no mundo ocidental foi feita em 1800, pelo botânico francês Jacques Labillardière (a partir de exemplares colhidos na Tasmânia).
  • Eucalipto é o nome comum dado a muitas espécies dos géneros Eucalyptus, Corymbia e Angophora. A boa adaptação ao solo e clima nacional, a rapidez de crescimento e as propriedades da madeira contribuíram para que uma se destacasse em Portugal – o Eucalyptus globulus.
  • A palavra eucalipto deriva do latim Eucalyptus, que por sua vez se baseia em duas palavras gregas Eu e Calyptus. Estas significam “bem coberto” ou “bem escondido”, numa alusão ao botão floral dos eucaliptos que lembra uma espécie de tampa – chamada opérculo – protetora das restantes partes da flor.
Eucalipto-Comum
  • Eucalipto-comum

    Eucalyptus- globulus

  • PLANTA

  • Género:

    Eucalyptus

  • Família:

    Myrtaceae

  • Estatuto de conservação:

    Pouco preocupante, segundo a Lista Vermelha IUCN – União Internacional para a Conservação da Natureza.

  • Habitats:

    Locais frescos e húmidos, onde as temperaturas não sejam muito baixas.

  • Distribuição:

    Origem no Sudoeste da Austrália e Tasmânia. Distribuição à escala global, em zonas tropicais e temperadas. Em Portugal, é mais comum na região litoral centro.

  • Altura/comprimento:

    até 55 m.

  • Longevidade:

    + 200 anos.

Como cuidamos do eucalipto-comum?

A The Navigator Company conta com cerca de 105 mil hectares de floresta sob gestão certificada, na qual o eucalipto-comum é a espécie privilegiada. Estas florestas são alvo das melhores práticas de gestão florestal sustentável, para assegurar a respetiva continuidade, assim como a dos recursos naturais que são essenciais à vida do eucalipto e das mais de 800 espécies e subespécies de flora já identificadas nas áreas geridas pela empresa.

A saúde, resiliência e renovação destas áreas florestais é uma questão central também à sustentabilidade da empresa, o que está bem patente nas suas plantações de eucalipto-comum, considerado a nível mundial como a melhor espécie deste género para a produção de pasta e papel de elevada qualidade.

Além de ser fonte dos papéis em que escrevemos, lemos ou imprimimos, e de todos aqueles que usamos em nossas casas, a fibra de eucalipto é matéria-prima de excelência para novos produtos de origem biológica, em aplicações que vão da eletrónica, à saúde e à embalagem. Das suas folhas extrai-se óleo essencial usado na cosmética, saúde, nutracêutica (área que combina nutrição e farmacêutica) e até a casca não é desperdiçada, tendo como último fim a produção de energia.

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