O alecrim, conhecido por Salvia rosmarinus, é uma erva aromática mediterrânica que tem tantos nomes quanto aplicações. Recentemente – e como o segundo nome latim indica – foi induzida no género da espécie da Salvia (Salvia officinalis), que também pertence à família Lamiaceae. Encontramo-la ao longo de todo o Mediterrâneo e em Portugal habita sobretudo o centro e o sul do país e o arquipélago dos Açores.
É uma planta perene, normalmente um pequeno arbusto ou subarbusto, capaz de atingir os 2 metros de comprimento. O caule é reto e propaga-se por várias ramificações de onde brotam folhas lineares, sésseis (ou seja, rentes ao pé), persistentes e coriáceas. A parte superior da folha é de um verde vivo e a parte inferior é branca, com numerosos pelos que reduzem a evapotranspiração durante os dias mais quentes. A flor, por sua vez, é labiada com tons azuis-pálidos, às vezes quase violetas ou brancos, e ocorre em cachos curtos.
Melífera, ou seja, uma planta que funciona como fonte de néctar, apresenta como fruto uma núcula, um tipo de fruto indeiscente (ou seja, não liberta espontaneamente as sementes quando maduro) com quatro frutícolas secas na área do cálice. Floresce durante todo o ano, especialmente entre outubro e o começo da primavera, sendo menos frequente florir durante o verão. É, pois, nesta altura do ano que ajuda os polinizadores a terem alimento quando este mais escasseia.
Surge sobretudo em matos e terrenos incultos, com preferência a locais expostos em climas quentes e secos com envolvência lapidosa ou em espaços arbóreos rodeado de pinhais.