Se alguma vez passeou pelas florestas do norte e centro de Portugal e pensou ter visto um vulto ruivo a saltar entre os ramos, não estava enganado. O protagonista dessa cena cheia de destreza e cor é o nosso esquilo-vermelho (Sciurus vulgaris), um habitante encantador e ágil dos bosques nacionais. Venha conhecê-lo melhor.
Com uma expressão quase traquina, o esquilo-vermelho apresenta-se de olhos vivos e orelhas pontiagudas, rematadas, no inverno, com um tufo de pelos compridos. É facilmente reconhecível, mas o nome da espécie pode conduzir ao engano. A pelagem é fofa e, regra geral, vermelho-acastanhada, mas os tons também podem variar entre o castanho escuro, o cinzento e o preto, conforme as estações do ano ou o local onde habita. O ventre, mais claro que o resto do corpo, geralmente é branco.
Com um corpo que pode medir até 25 centímetros e uma cauda de 20 centímetros adicionais, é difícil não reparar na sua marca mais distintiva – a cauda. Esta autêntica obra de arte é grande, felpuda, espessa e em formato de escova, ajudando-o a equilibrar-se em saltos ousados e funcionando como um verdadeiro “cobertor” em noites mais frias. O Sciurus vulgaris é um habitante encantador e um ágil acrobata arborícola das nossas florestas nacionais.