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Natureza

Parques naturais: mais do que preservar, áreas para viver

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Os parques naturais são áreas protegidas que apresentam uma grande diversidade de espécies de plantas e animais, tendo sido criados com o intuito de proteger os ecossistemas, preservando assim a beleza natural e criando um espaço privilegiado de conexão entre o ser humano e a natureza. Ao visitar os parques naturais de Portugal, ao observar as espécies de fauna e flora que lá habitam, é certo relembrarmos a sua riqueza biodiversa.

Um parque natural é uma área em que predominam ecossistemas naturais ou seminaturais (ou seja, que mantêm grande parte da biodiversidade original, embora alterados pelo ser humano), cuja preservação da biodiversidade, a longo prazo, dependa da atividade humana e que esta garanta a sustentabilidade dos produtos naturais e serviços que daí advenham. Outras áreas protegidas são os parques nacionais, as reservas naturais, as paisagens protegidas e os monumentos naturais, e que, como Áreas protegidas, obedecem ao Planos de Ordenamento de Áreas Protegidas.

O Sistema Nacional de Áreas Classificadas (SNAC), estabelecido pelo decreto-lei n.º 242/2015, de 15 de outubro, é constituído pela Rede Nacional de Áreas Protegidas (RNAP), as áreas classificadas incluídas na Rede Natura 2000 e outras áreas classificadas, seguindo os compromissos firmados entre Portugal e a União Europeia. A RNAP engloba, então, as Áreas Protegidas, que poderão ser nacionais, regionais, locais ou privadas e na qual se engobam os Parques Nacionais, os Parques Naturais, as Paisagens Protegidas e os Monumentos Naturais.

Apesar de as características que definem um parque nacional terem vindo a ser ajustadas ao longo do tempo, hoje, a IUCN – União Internacional para a Conservação da Natureza considera um parque nacional “uma área protegida gerida sobretudo para proteção do ecossistema e para a recreação”. Em terra ou no mar, protegem-se:

  1. A integridade ecológica dos ecossistemas no presente e para o futuro;
  2. Exclui-se a exploração ou ocupação contrários aos propósitos desenhados para aquela área;
  3. Abre-se o espaço para todas as oportunidades compatíveis ambiental e culturalmente (sejam educativas, científicas ou turísticas, por exemplo). Espaços de conexão com a natureza por excelência, nestes parques fazem-se caminhadas, acampamentos e observa-se a vida selvagem, respeitando a natureza, flora e fauna, contribuindo para a sua preservação.

Ao ser classificado como parque natural, os valores naturais daquela área serão protegidos, ao mesmo que se promove o desenvolvimento da região e do país. Esta preservação da biodiversidade inclui, segundo o mesmo regime jurídico, a promoção das práticas de maneio que assegurem a conservação, a criação de oportunidades de promoção de atividades de recreio e lazer que respeitem a sua manutenção e ainda a promoção de outras atividades que promovam o desenvolvimento local sustentável.

Em Portugal, o primeiro parque natural a ser criado foi o Parque Natural da Serra da Estrela, em 1976, que é também o maior do país, ocupando mais de 89 mil hectares. Hoje, o ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas identifica 14 parques naturais, em Portugal – conheça-os neste artigo.

Atenta às necessidades dos territórios sob a sua gestão, a The Navigator Company entrega-se também à manutenção e conservação. Em março de 2023 o grupo começou o restauro ecológico de uma área de 110 hectares parcialmente integrada no Parque Natural do Tejo Internacional e totalmente integrada na Rede Natura 2000 – Zona de Proteção Especial Tejo Internacional, Erges e Ponsul, no âmbito do projeto Zambujo reCover, com a missão de aumentar o valor ambiental daqueles habitats florestais naturais e seminaturais. Na zona, classificada como Rede Natura 2000 e em que já tinham sido identificadas várias Áreas de Alto Valor de Conservação por acolher diversos habitats protegidos, estão a ser plantadas espécies adaptadas ao solo árido e clima seco daquela região do país, como a azinheira (Quercus rotundifolia). Ao mesmo tempo, também a regeneração natural destas espécies está a ser promovida.

O projeto “Zambujo reCover – Projeto de requalificação florestal e proteção de solos” visa a implementação de uma ação de restauro ecológico numa área de 153 hectares, através da rearborização com espécies autóctones, com os objetivos de promover conservação de solos e a melhoria de habitats protegidos.

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A intervenção decorre no Zambujo, uma propriedade florestal situada no concelho de Idanha-a-Nova, em pleno Parque Natural do Tejo Internacional e na Zona de Proteção Especial do Tejo Internacional, Erges e Pônsul, área classificada como Rede Natura 2000.

Promovida pela The Navigator Company em parceria com o RAIZ – Instituto de Investigação da Floresta e Papel, a iniciativa tem um orçamento global de 225 774,79 euros e é financiada pelo Programa COMPETE 2020 no âmbito da medida “Apoio à transição climática/Resiliência dos territórios face ao risco: Combate à desertificação através da rearborização e de ações que promovam o aumento da fixação de carbono e de nutrientes no solo” (REACT-EU/FEDER).

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