A consciência animal, durante muito tempo vista como exclusiva dos humanos, é hoje tema central no debate científico. Novas evidências neurológicas e comportamentais indicam que muitas espécies possuem experiências subjetivas, levantando questões profundas sobre ética, conservação e o estatuto legal e moral dos animais.
Avanços recentes nas neurociências, etologia e filosofia da mente têm vindo a desmontar a ideia de que apenas o cérebro humano é capaz de gerar consciência. Hoje, uma crescente comunidade científica reconhece que muitos animais não só têm sentimentos e perceções, como podem possuir formas de consciência comparáveis às nossas.
Um marco recente neste debate foi a Declaração de Nova Iorque sobre a Consciência Animal, assinada por mais de 500 cientistas e filósofos, que afirma de forma clara: “Há fortes evidências de que muitos animais são conscientes”.
Apresentada na Universidade de Nova Iorque, esta declaração sustenta com base em décadas de investigação científica, que:
- Mamíferos e aves demonstram sinais inequívocos de consciência;
- Há uma forte probabilidade de que répteis, anfíbios, peixes também o sejam;
- Alguns invertebrados, como polvos, caranguejos e até certos insetos, mostram sinais consistentes de consciência.