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Abelha

Considerada um dos insetos mais importantes para o equilíbrio do ecossistema, a abelha contribui ativamente para uma grande parte da polinização em todo o mundo. Atualmente, estão identificadas cerca de 20 mil espécies de abelhas, sendo a abelha-europeia, ou Apis mellifera, a mais conhecida pela sua produção de mel e cera.

As abelhas são tipicamente conhecidas pela sua organização e cooperação hierárquica. Cada colónia é liderada por uma rainha, sendo a única fêmea fértil e, por isso, responsável pela função reprodutora na colmeia. Os machos, mais conhecidos por zangões, são responsáveis pela continuidade da espécie, reproduzindo-se com a rainha. Já as abelhas mais comuns, as operárias, dedicam-se à manutenção da colmeia, à produção de mel e à proteção da colónia.

Apesar de pequenas, as abelhas têm um papel muito importante no balanço do ecossistema, isto porque cerca de 75% das culturas alimentares de todo o mundo dependem da polinização. Estes insetos, apesar de praticarem involuntariamente a polinização com os pequenos grãos de pólen que transportam de flor em flor, garantem a existência de grande parte dos seres vivos do planeta. É por isso que existe um especial cuidado para manter uma relação simbiótica e respeitar as colónias de abelhas, protegendo-as dos predadores que têm vindo a aparecer com o avançar dos anos, tais como a vespa asiática (Vespa velutina), uma espécie oriunda da Ásia que tende a espalhar-se por todo o mundo, mas também do uso dos pesticidas e a destruição em massa de habitats naturais.

Para reforçar essa relação simbiótica deve reduzir-se a utilização de pesticidas, criar-se áreas de refúgio e de alimentação para as abelhas e também pôr-se em prática políticas de conservação e proteção de espécies ameaçadas. As colaborações entre empresas e associações de apicultores podem ser também uma das formas mais impactantes de incentivo à conservação das abelhas.

Com isto em mente, a Navigator estabeleceu, no final de 2020, um protocolo com a Federação Nacional dos Apicultores de Portugal (FNAP), com vista a conciliar a gestão florestal com a operacionalidade das colmeias, contribuindo assim para a manutenção de uma prática de elevada importância nos ecossistemas florestais, nomeadamente pelo benefício que é fornecido pela polinização. A The Navigator Company cede à FNAP, a título gratuito, parcelas do seu património florestal para que os apicultores possam instalar apiários e desenvolver a sua atividade.

Sabia que a abelha…

É responsável por polinizar cerca de um terço dos alimentos que consumimos.

Pode visitar até duas mil flores por dia em busca de néctar e pólen.

Comunica informações sobre a localização de fontes de alimentos com as outras abelhas, através de uma dança chamada “dança das abelhas”.

É capaz de reconhecer caras humanas, incluindo a dos apicultores, seus cuidadores.

Das 20 mil espécies identificadas globalmente, 750 podem ser observadas, em Portugal.

No caso das fêmeas, possuem ferrões no abdómen que consistem em estruturas ovipositoras modificadas com glândulas de veneno. Contudo, apenas os das obreiras possuem farpas ligadas aos sacos de veneno que, quando picam, ficam presos e são arrancados do corpo, acabando estas por morrer em seguida. Para que o mesmo não aconteça às rainhas, o seu ferrão não possui farpas, sobrevivendo depois de uma ferroada.

Tal como outras espécies, a Apis mellifera foi domesticada pelos apicultores. Dos produtos produzidos a partir da sua atividade e utilizados na alimentação e atividades humanas destaca-se o mel e o pólen, o própolis, a cera, a geleia real, entre outros.

  • Abelha-europeia

    Apis mellifera

  • Inseto

  • Género:

    Apis

  • Família:

    Apidae

  • Estatuto de conservação:

    Não avaliado (IUCN)

  • Habitat:

    Habitats abertos com abundância de flores, como prados, áreas arborizadas abertas e jardins.

  • Distribuição:

    Originária da Europa, África e Médio Oriente, espalhou-se por todos os continentes, com exceção da Antártica.

  • Tamanho:

    Obreiras até 15 milímetros, rainhas até 20 milímetros e machos até 17 milímetros.

  • Longevidade:

    Cerca de 17 dias.

Como cuidamos desta espécie?

Os insetos polinizadores no geral, incluindo as abelhas, têm um papel fundamental para a polinização de muitas espécies de plantas. O Pacto Polinizadores 2023 avança com a informação de que, na Europa, cerca de quatro em cinco espécies de cultivo e angioespérmicas silvestres (plantas com flores e sementes envoltas e protegidas por frutos) dependem da polinização assegurada pelos insetos, até certo ponto.

Assim, a The Navigator Company considera também na sua gestão a conservação de habitats para insetos polinizadores. Recentemente, numa das propriedades foram realizadas sementeiras tendo em vista a melhoria de habitat para polinizadores. Estas sementeiras foram realizadas em áreas abertas, preferencialmente junto a zonas húmidas. Esta medida, conjugada com pilhas de vegetação deixadas em vários pontos das propriedades, poderão assegurar uma melhoria para este grupo, tendo ao seu dispor alimento e refúgio.

Além disso, 12% das áreas geridas pela The Navigator Company são Zonas com Interesse para a Conservação, onde as ações de gestão são tidas em conta também para a conservação dos insetos, por exemplo, no condicionamento de uso de tratamento químico.

Na Quinta de São Francisco, em Eixo (Aveiro), as abelhas de apiculturas limítrofes são convidadas a encontrar ali o seu alimento: Jaime de Magalhães Lima (escritor, político e intelectual natural de Aveiro e antigo dono da quinta) plantou 89 espécies de eucaliptos para que se alimentassem do néctar de eucalipto, garantindo que teriam sempre alimento ao longo do ano, inclusive no inverno em que existe uma escassez floral.

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