Surge de rompante e veloz, esguia e elegantemente curiosa uma espécie de helicóptero aerodinâmico e multicolorido, com dois olhos panorâmicos, quatro asas, um tórax largo e uma figura cilíndrica que nos prende a atenção para a aventura que é a vida nos habitats aquáticos. Venha conhecer as Odonata.
É durante uma tarde amena de sol que os instintos ficam ociosos de descanso e sossego à beira de um lago de água translucida e primaveril. Agora sim, é possível acostar e descansar, longe do frenesim do dia-a-dia citadino. Mas quando julgamos que nada, nem ninguém será capaz de estragar este equilíbrio, surge de rompante e veloz, esguia e elegantemente curiosa uma espécie de helicóptero aerodinâmico e multicolorido.
Com dois olhos panorâmicos, quatro asas, um tórax largo e uma figura cilíndrica, eis uma criatura que nos prende a atenção para a aventura que é a vida nestes habitats húmidos.
Este fascinante inseto que “pinta” padrões de cores imprevisíveis no ar, é o nosso novo convidado da BIOgaleria: a libélula ou libelinha (frequentemente confundidas. O termo “libelinha” é mais usado para se referir a espécies menores e mais delicadas, enquanto “libélula” pode ser usado para espécies maiores. Ambas nos fazem levitar de imediato para o coração da biodiversidade presente nos lagos, rios e zonas de grande humidade natural.
Em Portugal, existem cerca de 65 espécies de libélulas e libelinhas, todas pertencentes à ordem das Odonata, com nomes tão simples quanto divertidos. Por exemplo, a libélula imperador-azul (Anax imperator), a libélula tira-olhos-menor (Anax parthenope), a libélula tira-olhos migrador (Anax Ephippiger), a libélinha tira-olhos-variado (Aeshna Cyanae), a libelinha tira-olhos-outonal (Aeshna mixta), a libélula-comum (Sympetrum striolatum) ou até mesmo a libélula de nervuras vermelhas (Sympetrum fonscolombii).