Ave de vistosa coloração verde, o verdilhão (Chloris chloris) é muito sociável e tolera bem a presença humana, chegando a nidificar em jardins e parques urbanos. É também um visitante regular de hortas, pomares e orlas florestais, onde o seu canto pode ser apreciado.
O verdilhão é uma pequena ave da ordem Passeriformes (pequenas aves semelhantes ao pardal, Passer), que pertence à família dos Fringilídeos – a mesma dos tentilhões, pintassilgos, milheirinhas e canários. É uma ave muito sociável, que forma bandos durante o inverno, e que vive em habitats diversos, desde que arborizados, tais como pequenos bosques, hortas, pomares, jardins e orlas florestais. É residente no nosso país, onde apresenta uma ampla distribuição, ocorrendo com maior frequência na zona litoral centro.
É muito fácil de reconhecer um verdilhão pelas tonalidades verdes ou verde-amareladas da sua plumagem, com distintivas marcas amarelas sobre as penas primárias (a camada externa) e bordos da cauda. As fêmeas são semelhantes aos machos, mas apresentam tonalidades mais esbatidas.
Outra das caraterísticas do verdilhão é o seu canto. Cantor melodioso, vocaliza praticamente durante todo o dia. A partir de fevereiro e início de março pode ainda ser ouvido o seu chamamento nupcial.
O período de reprodução começa no final de março ou início de abril e pode durar até agosto. Constrói o ninho em árvores, arbustos ou sebes, escolhendo, normalmente, espécies de folhagem muito densa, como, por exemplo, a dos ciprestes (Cupressus spp.). Os ninhos, em forma de taça, são abertos (semelhantes aos dos canários) e feitos com ervas, musgos, fibras vegetais, pelos e penas. Nele, a fêmea põe quatro a seis ovos que são incubados durante 11 a 15 dias, exclusivamente pela fêmea, que é alimentada pelo macho. As crias abandonam os ninhos com cerca de 17 dias, mas continuam a depender da alimentação parental por mais algum tempo.
Durante a época de nidificação, o verdilhão pode reforçar a sua alimentação com invertebrados de pequena dimensão, mas a sua dieta é feita, sobretudo, à base de sementes, bagas maduras e rebentos. O bico grosso e cónico desta espécie é prova desta dieta, típica dos granívoros (animais que se alimentam principal ou exclusivamente de sementes).
Apesar de ser uma ave abundante na Europa e do seu estatuto de conservação em Portugal ser Pouco Preocupante, de acordo com a Lista Vermelha da IUCN – União Internacional para a Conservação da Natureza, as populações do Norte da Europa sofreram um declínio significativo, em virtude de uma nova doença (causada pelo protozoário Trichomonas gallinae).