Para os católicos, incenso e mirra são dois produtos mencionados em conjunto nesta altura do ano por fazerem parte da lenda dos Reis Magos que os ofereceram a Jesus, juntamente com ouro, aquando do seu nascimento. Comemorado a 6 de janeiro, o Dia de Reis é um bom pretexto para falarmos sobre as plantas de onde são extraídos.
Se o valor do ouro como presente é, ainda nos dias de hoje, evidente, é natural que os outros presentes dos Reis Magos, o incenso e a mirra, tradicionalmente representados por caixinhas de madeira nas mãos dos Magos, suscitem curiosidade. Há mais de dois mil anos ainda não existiam os Chás de Bebé tão comuns nos dias de hoje, mas existia já a tradição de oferecer o que de melhor se tinha ao recém-nascido. Qual seria o seu valor, à época, que fez com que os Magos, vindos do Oriente, os tivessem oferecido como tesouros? Primeiro, há que explicar o seu significado: simbolizam a identificação do ofertado como Deus e Rei. O incenso reconhece a divindade de Cristo e a mirra a humanidade e, unidas, eram as maiores riquezas e o que de melhor se poderia oferecer há dois mil anos.
Mas o que é, de facto, incenso e mirra? Sempre que é feita uma incisão no tronco e caule das espécies de árvore do qual se retiram incenso e mirra, estas reagem ao traumatismo produzindo resina, que as protege de ameaças externas, desde microorganismos, como fungos e bactérias, a animais, como insetos. Por isto, quando falamos em mirra e incenso, falamos em gomas-óleo-resinas, constituídas por glícidos (as gomas), e outros compostos lipídicos (as resinas e óleos essenciais).
Descubra mais sobre as plantas de onde são extraídos o incenso e a mirra e da sua presença na história do Homem.