A natureza sempre foi usada como guia para prever o futuro. Hoje, tal como ontem, os seus sinais, ciclos, ritmos e padrões, continuam a ser pistas valiosas para antecipar o que está para vir. Este texto explora essa fascinante continuidade. Descubra-o.
Desde os primórdios da humanidade, o futuro tem sido um território, simultaneamente, fascinante e inquietante. A necessidade de antecipar o que está por vir moldou civilizações inteiras, inspirou mitos, rituais e ciências. Os nossos antepassados, atentos ao mundo natural, procuraram respostas naquilo que os rodeava: o voo de uma ave, o som das folhas ao vento, o fluxo da água ou o crepitar do fogo.
O desejo de prever o futuro foi ganhando nomes, formas e métodos. Muitos dos quais terminam com o sufixo -mancia, do grego manteía, que significa “adivinhação”. Essas práticas ancestrais não se baseavam em superstições vagas, mas eram, frequentemente, fruto de uma observação profunda dos ciclos da natureza.
Os antigos romanos, por exemplo, observavam o comportamento das aves que era interpretado como um sinal divino, uma forma inicial de ornitomancia. Já os povos que viviam junto aos rios e mares, observavam as marés e os reflexos da água em busca de padrões que lhes indicassem mudanças no clima ou na paisagem. Uma prática semelhante à hidromancia.