Desde sempre, a conservação da biodiversidade tem sido uma das prioridades da Navigator e é por isso que os pequenos anfíbios que ocorrem nos múltiplos habitats ribeirinhos, charcar e amiais das suas florestas, encontram condições para prosperar.
Nos mais de 390 hectares do Zambujo, uma das propriedades sob gestão responsável da Companhia localizada em Idanha-a-Nova, a rã-de-focinho-pontiagudo integra a lista das 57 espécies de fauna registadas. O mesmo acontece no Parque Natural do Litoral Norte, onde é um dos 7 anfíbios identificados neste parque com cerca de 8761 mil hectares.
Entre as principais ameaças à rã-de-focinho-pontiagudo encontra-se a alteração e a destruição dos locais de reprodução e dos seus habitats, que podem ser permanentes ou temporários (no caso de lagos e charcos), mas extremamente suscetíveis a alterações do foro químico ou físico.
Por isso, nas várias florestas geridas pela Navigator onde está identificada a presença de Discoglossus galganoi, vão sendo implementadas medidas de conservação.
Um bom exemplo é a preservação do amial ribeirinho que se encontra num estado bem conservado, um dos habitats procurados para refúgio, alimentação e reprodução da espécie, localizado na propriedade da Caniceira, distrito de Santarém. Protegido pela Rede Natura 2000, este habitat (91E0 – Amiais ripícolas) está resguardado por boas práticas de gestão, onde se empregam algumas medidas de melhoria ou manutenção de habitat que seguem a máxima “deixar a natureza seguir o seu curso”, por forma a, entre outros objectivos, evoluir de forma equilibrada e manter a sua funcionalidade.
Outro exemplo está relacionado com a iniciativa Zambujo reCover, onde se vai proceder ao restauro ecológico de uma área equivalente a cerca de 110 campos de futebol. Além da recuperação dos solos pobres, apoio à regeneração natural e plantação de espécies autóctones da propriedade, que dá guarida a mais de uma centena de espécies onde está a rã-de-focinho-pontiagudo, as intervenções que vão acontecer em campo pretendem aumentar a resiliência dos mais de 110 hectares aos efeitos das alterações climáticas e potenciar os serviços de ecossistemas.
O projeto “Zambujo reCover – Projeto de requalificação florestal e proteção de solos” visa a implementação de uma ação de restauro ecológico numa área de 153 hectares, através da rearborização com espécies autóctones, com os objetivos de promover conservação de solos e a melhoria de habitats protegidos.
A intervenção decorre no Zambujo, uma propriedade florestal situada no concelho de Idanha-a-Nova, em pleno Parque Natural do Tejo Internacional e na Zona de Proteção Especial do Tejo Internacional, Erges e Pônsul, área classificada como Rede Natura 2000.
Promovida pela The Navigator Company em parceria com o RAIZ – Instituto de Investigação da Floresta e Papel, a iniciativa tem um orçamento global de 225 774,79 euros e é financiada pelo Programa COMPETE 2020 no âmbito da medida “Apoio à transição climática/Resiliência dos territórios face ao risco: Combate à desertificação através da rearborização e de ações que promovam o aumento da fixação de carbono e de nutrientes no solo” (REACT-EU/FEDER).