A exposição “Madeiras de Portugal” chega ao laboratório Floresta do Saber, em Aveiro, integrando amostras da coleção principal e da coleção de eucaliptos da Xiloteca Albino de Carvalho. As 78 amostras estarão em exibição neste laboratório, para integrante da Quinta de São Francisco, até setembro de 2023.
O projeto educacional Floresta do Saber, localizado em Eixo (Aveiro), recebe a exposição “Madeiras de Portugal”. Em exposição estão 78 amostras de madeira de espécies nativas e exóticas, todas elas recolhidas em Portugal, pertencentes à Xiloteca Albino de Carvalho, uma das maiores bibliotecas de madeiras, em Portugal.
Das amostras em exibição destacam-se as de espécies como os carvalhos (Quercus spp.), o azevinho (Ilex aquifolium), os pinheiros (Pinus spp.), a nogueira (Juglans regia) e o eucalipto (Eucalyptus spp.). As peças medem geralmente 13x6x1 centímetros ou 20x10x2 centímetros e encontram-se identificadas com o nome comum e científico da espécie, a sua família e a distribuição geográfica nacional. Cor, mas também a textura, grão e peso são características que podem ser comparadas, oferecendo ao visitante um importante conhecimento sobre as espécies que ocorrem em solo nacional.
Albino de Carvalho (1925-2008), investigador e engenheiro silvicultor cujo trabalho na identificação e anatomia das madeiras nacionais, é considerado uma personalidade nesta área. É igualmente reconhecido pela sua investigação no ramo dos produtos florestais. O seu legado está patente, então, na xiloteca com o seu nome, localizada no Edifício Florestal do INIAV – Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, em Oeiras, e reúne cerca de 5750 amostras de 178 espécies lenhosas de 45 famílias e mais de 99 géneros botânicos.
O seu espólio também se encontra arquivado numa suberoteca (exclusiva a amostras de cortiça das regiões suberícolas nacionais a sul do Tejo), a Suberoteca Nacional Albino de Carvalho, que, ao todo, dispõem de mais de três mil amostras catalogadas e expostas ao público, fazendo desta a maior e mais antiga coleção de amostras da espécie.
Ciente da importância das xilotecas na identificação e preservação da biodiversidade global, mas também como importante base de trabalho para profissionais que a utilizam na sua atividade profissional, nas áreas artística, da arquitetura ou da indústria, a exposição surge de uma parceria entre o INIAV e o RAIZ – Instituto de Investigação da Floresta e Papel e promotor do projeto pedagógico Floresta do Saber, apoiado pelo Programa Gulbenkian Desenvolvimento Sustentável, da Fundação Calouste Gulbenkian, e reconhecido como CLUBE NACIONAL UNESCO. O Floresta do Saber reitera, assim, a sua missão de sensibilizar e educar para os temas da sustentabilidade, da floresta, e da bioeconomia digital e circular de base florestal que norteiam a sua atuação.
Aberta ao público até ao final do mês de setembro de 2023, poderá visitar gratuitamente esta exposição entre as 8h00 e as 20h00, de segunda a sexta-feira (exceto feriados). Marque a sua visita através do site do Floresta do Saber, através de e-mail ou telefone (234 920 130).