Pertencente à família Cervidae, o corço (Capreolus capreolus) é o menor dos cervídeos europeus e um dos habitantes das propriedades sob gestão florestal responsável da The Navigator Company, sobretudo na zona da Malcata, Pampilhosa, Góis, Mogadouro e Zambujo. Entre tudo o que o caracteriza, destacamos a particularidade de, no final do cio e com a diminuição da territorialidade, os machos começarem a perder as suas hastes e a ficar mais tolerantes entre si, formando assim grupos.
O corço pode ser o mais pequeno da sua espécie, mas é também dos mais elegantes. Com um comprimento que pode ir até aos 1,35 metros e uma altura entre os 63 e os 67 centímetros, o seu peso varia entre os 15 a 35 quilos. Estatura esta que é alimentada por centenas de espécies de diferentes plantas, das raízes às flores, tais como rebentos de espécies arbustivas e arbóreas, como castanheiros, carvalhos, salgueiros e loureiros, bagas e outros frutos de plantas lenhosas, herbáceas, flores e, por vezes, fungos. Por tudo isto, é considerado um herbívoro generalista que varia a sua alimentação de acordo com as estações do ano.
No inverno, por exemplo, a sua dieta torna-se menos variada por escassez de alimento e por isso, em compensação, o corço aumenta o consumo de sementes e frutos por ser uma matéria vegetal mais concentrada. Para ter acesso a este tipo de alimentos, a espécie Capreolus capreolus habita em bosques de folhosas, coníferas, florestas mediterrâneas e campos agrícolas, aparecendo também em eucaliptais, vivendo em média oito a nove anos, apesar de as fêmeas terem maior esperança de vida.
Fisicamente, os seus membros posteriores são mais alargados e elevados em comparação aos anteriores, tornando-se bastante hábil a dar grandes saltos. Uma das principais características distintivas do género é a presença de hastes no macho, renovadas todos os anos, além da forma do escudo anal branco que contorna a cauda e que tem a forma de um rim, enquanto nas fêmeas faz lembrar um coração invertido.